quarta-feira, 15 de julho de 2009

Relatos, Magia e Confusão.

Na imagem uma bela vista da Velha Galhada

Era um dia de Sol na longa e arejada Planície Lufada, os canários de fogo cantavam alegres e festivos, nos galhos de uma das poucas árvores encontrada na planície, bem longe da imensidão da grande floresta da lua e das sombras da terrível floresta dos babões.

Nas sombras da Velha e encorpada árvore batizada de Velha Galhada, um preguiçoso e barrigudo gnomo, fazia uma duradoura e barulhenta sesta, barulhenta devido ao ronco que sairá de sua bocarra enorme e cheia de dentes, o ronco soprado tinha uma força estrondosa e era um incomodo ate para os animais vizinhos e moradores da Velha árvore, os ratos da planície corriam carregando os grãos a pouco roubados do bolso do tal roncador, assustados e pensando que poderia ser algum gato da planície a espreitar, até os felizes canários de fogo que cantavam entusiasmados nos galhos mais altos, ficaram perturbados com toda aquela barulheira sem sentido e nada comum,que rompia a calmaria das sombras da Velha Galhada.

Mas a tormenta sonora fora interrompida subtamente, devido a uma folha que se desprendera de um dos velhos galhos da árvore, e adentrará na garganta do irritando roncador, que engasgou-se no ato, levantando-se rápido e cuspindo a folha que amargara seu delicioso repouso , então ele disse em alto tom, com um grito irritante e seco:
_"Mas por mil pedaços de bolo de milho!" "Quem foi o engraçadinho que fez isso? Vamos responda!”

Gritava o desajeitado Gnomo, que encarava os arredores procurando um possível culpado pelo seu despertar nada agradável!

_“Bom que seja! Mas que você mantenha seu corpo longe de minha vista, pois se te pegar, eu faço de você um punhado dê! Dê?”

_“De que eu vou fazer um punhado?"
Pensou sozinho o pequeno Gnomo assustado, que no mesmo instante voltou a resmungar;
_“ Poderia ser de deliciosos bolos de milho? Ou quem sabe de tortas de uvas rasteiras,como as que a Marta Kimpolé prepara,também não seria uma ideia ruim!”

A empolgação do Faminto gnomo, e o fato de ter mencionado aqueles deliciosos pratos, e delicias, fizeram com que ele Volta-se as suas idéias para seu estômago, e ele veio a esquecer do repentino acontecimento, não dando mais importância para o ocorrido com a folha na garganta, sem prestar muita atenção nos arredores, ele começou a juntar seus pertences, que se encontravam espalhados sob as raízes da Grande árvore.
Ele pegou um cantil que estava jogado a alguns centímetros de seu corpo, também pegou um aláude encostado no caule da árvore e uma sacola contendo algumas frutas secas e um pouco de grãos. Menos pensativo , e decidido ele disse:

_“Bom, o melhor a fazer agora é correr para a vila!”

_“Quem sabe ainda consiga um pedacinho de bolo ou uma lasca daquela torta deliciosa da Marta Kimpolé”.

E com um súbito movimento de pernas ele saiu a correr, entre o alto capim que cobria a maior parte da planície, capim esse, que sacolejava quase sempre com o forte vento da planície.
O pequenino gnomo corria com toda força de suas curtas mas firmes pernas, ele corria abrindo passagem entre o capim alto, que podia cobrir a visão até mesmo de um grande Ogro, que facilmente ficaria perdido na imensidão do mar de capim seco e ondulante, mas o pequenino e esperto gnomo possuía um avantajado nariz, com um faro tão bom quanto o de um cão caçador das terras de Lanôria, de fato ele podia sentir o cheiro de bolos de milho a uma boa distância, podia captar outras fragrâncias encontradas na suntuosa Vila de Kimpolé.
Tudo estava perfeito, o cheiro do bolo de milho, a brisa que soprava o capim alto, as pernas do Gnomo que estavam fortes e decididas correndo sem parar, mas tudo se foi quando uma voz surge do meio das ondulantes paredes de capim gigante e diz:
_“Quem vem ai?”
Um grito surge do meio dos finos caules do capim seco e ondulante, fazendo o pequenino gnomo assustar-se e tropeçar em uma pedra,após a queda repentina do pequenino a voz voltou a se pronunciar dizendo:
_“Quem ousa cruzar o caminho, do senhor da guerra, te toda a terra de Kalandar?”

_“Quem?”.

A voz de tom irritante para, sedendo a vez para o curioso e espantado gnomo se pronunciar com toda a raiva, devido ao tombo repentino:

_“Como pode fazer isso?” “ Me dar esse susto!”

_“E eu nem sei quem é você!”

Tantas coisas, pensamentos e xingamentos passavam na cabeça do gnomo naquele momento, mas não foram expressos, pois a voz vinda do mar de capim disse antes dele voltar de seus devaneios:

_“Cale-se! Eu sou Fliztid , como já falei, sou o senhor da guerra de Kalandar.”

No mesmo momento os cumpridos capins iam se abrindo e do meio do emaranhado e de filetes de grosso e seco capim , surge uma criatura de feição brilhante e forma nada comum, uma pequena e graciosa fada,com asas vermelhas como o fogo e olhos verdes e cintilantes , de cabelos longos e um físico bem definido, rosto alongado como o dos elfos e uma vestimenta rudimentar mas em radiantes tons de terra.
Com a expressão de susto e uma cara de besta ,o gnomo gritou desolado:
_“Você é uma fada?” O que você faz no meio da planície? Seu lugar é na floresta, ou estou enganado?”
A pequena fada levou graciosamente as mãos, aproximando de seu queixo comprido e fino, colocou o dedo na lateral do nariz e falou para o gnomo ainda boquiaberto:
_“Estou procurando um mestre Gnomo de nome Resprigand, uma das criança da sua raça, que brincava aos arredores da vila, me falou que ele poderia ser encontrado dormindo em baixo de uma árvore, que por sinal, aquela no caso parece ser a única da região”.Com um ar curioso e com uma voz em tom de duvida, a pequena fada perguntou ao gnomo ainda taciturno:
_“Por um acaso você não é o Gnomo conhecido com Resprigand da Planície Lufada? Engolindo seco e com uma cara de duvida o Gnomo pensa e diz:
_“ E se eu falar que sou? Que você vai fazer?”_“Eu sou inocente até que provem o contrario caro senhor fada!” “Até que provem o contrario!” .

A pequena fada abriu um sorriso e ainda gargalhando falou:
_“Calma meu rapaz, eu vim em paz, não vou cobrar por coisas que você deve ter comigo sem permissão, afinal essa é sua fama não é?”
_“Eu apenas vim pedir pra me ajudar em um assunto, na minha terra natal, em Kalandar.”
O Gnomo não sabia e não entendia, como ele poderia ser conhecido por uma fada? Afinal ele nunca tinha falado ou ao menos visto uma fada em sua vida, então ele disse sem relutar muito:
_“Seria pedir demais se você me fala-se como me conhece, sabe o que é? ”
_Eu não me lembro de conhecer nenhuma fada!”
A pequena fada que estava pousa a poucos passos do gnomo, olha bem para o rosto engraçado e dotado de um narigão enorme e fala com um tom de voz calmo:
_“ Pois bem Resprigand seu Papador de bolos de milho das planícies, como queira,agora quero que me escute , deixe as perguntas apenas pra mais tarde, vou deixar você a par de toda a situação”.
_“ Mas tenha paciência!”
Na próxima postagem :
Vilarejo Kimpolé
SOLÂRIA (REINOS DO ACASO.).

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